sexta-feira, setembro 20, 2013

Este artigo DEVE ser lido por todo profissional de TI e por todo jovem de qq área!!!!!!!!!!!

Quanto a mim, vivi tudo isso, de assembler (linguagem de máquina), pascal, cobol, mumps, C, unix, bancos de dados relacionais e normalização de dados, análise e programação estruturadas (desde sempre), engenharia reversa para documentar e dar manutenção em sistemas, sql, ... até chegar  na programação orientada o objetos! Sempre acompanhando a "inteligência", lendo de manuais e livros acadêmicos em inglês a publicações  como o jornal Computer World (será esse mesmo o nome?, já me esqueci...), virando noites e feriados a trabalhar com o melhor de meu raciocínio lógico e minha criatividade! Até que o business world me deixou stressada!
Parti para o meu começo, voltando à arquitetura, patrimônio histórico, urbanismo. Fui feliz nos trabalhos que fiz e nas equipes multidisciplinares das os quais participei.
Agora, cadê o trabalho?
Aos quase 56 anos, ando pensando em recomeçar... Talvez algo em ciências humanas, ...
QI 120, 140 ou 160, nem lembro mais, era uma aberração, percentil 99+,... pra quê?
Tudo passa, tudo se esquece, a memória se esvai, e o consolo é que isso é inexorável para TODO MUNDO! Até para os novinhos!
Pior do que uma jovem e ativa mulher se tornar uma menopáusica 20 kg mais gorda, é ficar sem trabalho remunerado, condizente com a nossa capacidade mental, e olhar para tantos anos à frente ainda a serem vividos... Ah, pra quê tanto aumento da expectativa de vida?
E agora, José? A casa caiu...

Família sensata

Ao dizer q minha família é sensata, só posso rir... Sempre nos considero os doidos normais, nada do convenvional, e nada do extremo desajuste. Em alguns aspectos eu nos acho vangardistas, sem a falsa moral burguesa, e em outros momentos nos acho completamente pirados, cada um a seu jeito.
 Mas no geral, somos felizes.

 Mamãe tem uma cabeça ótima e vive bem a sua vida, mesmo com o peso irremediável de um filho doente mental.

 Minha irmã é muito educada, gentil e inteligente. Quando tinha 30 anos passou um ano em decisão se teria filhos ou não. Decidiu pelo não. Vive muito bem com o seu companheiro e os 2 têm uma vida feliz e confortável, sem problemas financeiros, e são muito sociáveis, engraçados, intelectuais, lidos, e relidos, instruídos, etc. etc. Bem in.

 O Bube é o hippie cinquentão, famoso por seu jeito aventureiro e tranquilo, bom amigo, meio gênio e meio doidão (mas não usa mais maconha há muitos anos, viu?...). Quando fica bravo, é igual a cachorro q late e não morde. Nunca pensou em futuro, aposentadorias, poupanças, patrimômios, heranças, carteira assinada... Vive totalmente no presente. Um presente tão longo q ele já perdeu a metade dos cabelos q tinha... Trabalha como consultor e designer numa fábrica de moveis de alumínio (bacana, veja em www.uccelli.com.br) e mora numa chácara no mato. Tem uma variant velha, uma mais velha ainda, uma camionetona, moto, canoa canadense e uns 5 vira-latas. Foi casado com uma grande bailarina e coreógrafa e depois viveu uns 15 anos malucos com uma q vive esperando contatos imediatos de 3º grau. Hoje tem uma namorada normal, bibliotecária, q ama fazer os passeios aventureiros com ele.

Estou contando isso pra vc ver como eles hoje são tão diferentes, com sonhos e projetos completamente diversos. E não combinam, definitivamente.
E pensar q quando jovens foram tão amigos, com a mesma turma, turma q me acolheu quando eu me separei muito nova e caí num mundo novo!

E eu no meio! Acho muito engraçado! A mais temperamental, sou a ponte.

Sou a ponte tb entre a família de meus tios e primos primeiro e segundo, uns íntimos, outros nem tanto. Outros só de internet.
É através de minha fala, de minha escrita e de meus convites q os vários grupos se falam, se afagam, se encontram, matam saudades, contam casos, fofocam, intrigam, trocam palavras de saudade e carinho.
 Tb arrumei brigas. Teve um primo q me cortou de todos os seus canais de relacionamento da internet pq sou de esquerda. Mas a filha dele, violinista do Rio Grande do Sul, vive me curtindo. Outra, mulher de primo segundo, beata católica (tipo daqueles encontros de casais) veio me aconselhar sobre coisas q eu "não sei" sobre política... E, claro, sobre a posição da igreja a respeito de aborto - por causa do medo da Dilma se eleger... Com minha resposta pra ela, com cópia pra marido, sogra - minha prima, e cunhados, ela me pediu desculpas. Parentes de meu marido tb já me cutucaram e levaram troco, uns, crentes, sobre a questão dos homossexuais, e seus próprios irmãos e primos caíram em cima deles quando viram q a "tia Nina" tinha tido coragem de retrucar pensamentos tão homofóbicos, e outro, bem aposentado q vive tirando onda de suas conquistas e do q acabou de adquirir, sobre o meu gosto por cachorros vira-latas, lembrando-me de quantas crianças precisam de atenção e leite. Ótima idéia! Sugeri pra ele começar a campanha na casa dele! Silenciou.

Assim é a vida. Eu a acho completamente louca! Isso, só falando no dia-a-dia. Pq se começo a pensar nas minhas minhocas mentais, se leio ou assisto uns pensadores, aí é q a vida fica mais completamente louca!



 Meus 2 sobrinhos já são adultos e indepententes. São uns amores, um é agente da polícia federal e conseguiu transferir-se pra cá, perto de nós, e o outro é mestre violonista  q acaba de voltar da Suíça e acho q vai conseguir se arranjar por aqui em BH, senão volta pra lá onde dava aulas e está entrosado.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Raimundo Corrêa


III


Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se mais outra... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam, 
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

segunda-feira, junho 04, 2012

A vida é um porre, e nos tempos atuais mais ainda, cada vez mais.
"Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza,..."
e também alegria.
Uns tomam carros novos, roupas de shpopping, de griffe,
jóias ou bijouterias caras,
bastante cerveja, churrasco e futebol,
axé, sertanejo e coisa e tal,
trio elétrico,
barzinhos in e restaurantes idem,
uns têm a alegre insensibilidade
e desprezo social,
outros são intelectuais, artistas ou politicamente conscientizados,
ou os chatos politicamente corretos,
Uns adoram as farras e fantasias de carnaval
ou de identidade de cargos profissionais, que é tudo a mesma coisa.
Cada um aguenta a vida com pode, ou acha que deve ser.
E eu, não aguento a vida gorda!

27MAI12

Balela:

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1085420-emagrecedores-e-prozac-sao-usados-juntos-no-pais.shtml

Enquanto tomei a fluoxetina (esta por mais de 10 anos) junto com a sibutramina (por um ano), ambos com controle de meu excelente médico reumatologista, emagreci 12 kg em 1 ano.
Nunca, nunca, havia conseguido emagrecer com controle alimentar, e a ginástica só me aumenta o peso e o apetite...
Os pesquisadores da área da saúde querem cobais para uma pesquisa? Eu me canditado!

Durante esse ano, fiquei mais satisfeita, minha pressão baixou pra 12x8, minha glicose ficou estabilizada (tomo glifage XR 500 tb), sem oscilações, e consegui entrar em lojas e comprar roupas que me caíam bem.

Meus anéis voltaram a ficar confortáveis em meus dedos.

Vestidos e calças voltaram a servir, saí e fui a festas sem relutância, até mesmo curtindo. Só não voltei a usar biquinis, coisa q duvido q eu torne a fazer um dia, mas já estava até disposta a encarar um maiô.

Os sapatos não mais me incomodavam!

O soutien não mais estava me estrangulando, soltando gorduras pelas laterais.

Eu fiquei bonita nas fotos. Diminuíram minhas bochechas e papada.

Meu peso fez menos pressão sobre minha coluna e minhas pernas, que já doíam menos.

Meu ginecologista tb me ajudou, me receitando reposição hormonal e apoiando a decisão de meu rematologista (ou, pelo menos, não fazendo cara de desagrado...)

Minha auto-estima melhorou. Ninguém ficou me enchendo o saco observando o que eu comia, me "sugerindo" escolhas menos calóricas (porra, poucas pessoas, fora da área dos nutricionistas, sabem tão bem quanto eu a equivalência calórica dos alimentos, e nem em quais elementos eles são ricos, porque isso sempre foi uma constante em minha vida há mais de 30 anos!).

Tudo isso por um preço muito baixo, apenas o valor que pagamos aos laboratórios farmacêuticos (sic), em vista das perigosas operações de redução de estômago, pagas pelo SUS, sendo que todos nós sabemos que váreios candidatos disparam a fazer regime de engorda para "passarem no vestibular"...

Depois dessa idiota resolução de tamanho controle sobre a sibutramina, em 6 meses já engordei tristemente a metade do que havia conseguido emagrecer feliz.

Existe uma grande diferença entre tomar esses remédios que agem no sistema nervoso central com o acompanhamento médico necessário, responsável e competente, e o descontrole por parte dos profissionais de saúde que acompanham pessoas obesas ou quase obesas.

Definitivamente eu não quero ir engordando devagar e sempre, mesmo "controlando a minha boca", como me sugerem (e eu tenho vontade de esganar) pessoas que não sabem de minha vida, meus hábitos, minha saúde, meus esforços, meus sentimentos, minha capacidade física. Quero essas pessoas distantes do meu universo. Hoje em dia ninguém é gordo por querer, só no tempo de minha vó Cherubina, que se sentiu ícone de beleza quando jovem, até que a medicina moderna (e todos nós, a sociedade) veio a desmoronar a sua crença.


Esses remédios são drogas? E daí? Eu sou pela liberação total das drogas. Cada um sabe de si. E tem mais, essas drogas ainda estão no controle dos laboratórios oficiais, e não nas mãos dos cartéis armados de bandidos assassinos do poder paralelo.
E quem as toma (pelo menos eu, quando tomava), nunca matei ninguém pra roubar, portanto, o usuário não é um "perigo social".

DESIDERATA


Caminhe tranquilamente por entre o barulho e a pressa, mas lembre-se da paz que existe no silêncio.

Tanto quanto possível, sem se humilhar, esteja em bons termos com todas as pessoas.

Fale sua verdade quietamente e claramente; ecute os outros, mesmo os tolos e os ignorantes, eles também têm sua história.

Evite pessoas barulhentas e agressivas: elas vexam o espírito. Se você se compara com outros, você pode tornar-se vão e amargo, porque sempre haverá pessoas maiores e menores que você.

Sinta prazer em suas conquistas, assim como de seus planos. Mantenha-se interessado em sua própria carreira, não importa quão humilde, é uma posse real nas grandes mudanças de nossa era.

Exercite caução no mundo dos negócios, porque o mundo está cheio de truques. Mas não permita que isso lhe cegue a ponto de não enxergar a beleza que lá existe; muitas pessoas lutam por altos ideais, e em todo lugar a vida está cheia de heroismo.

Seja você mesmo. Especialmente, não finja afeição. Tampouco seja cínico a respeito do amor, porque em face de toda a aridez e desencanto, ele é perene como a relva. Aceite gentilmente o conselho dos anos, graciosamente cedendo as coisas da juventude. Nutra força de espírito para escudá-lo em infortúnio repentino. Mas não se amofine com imaginações. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão.

Além de uma disciplina integral, seja gentil cosigo próprio. Você é uma criança do universo, não menos do que as árvores e as estrelas; você tem o direito de estar aqui. E seja isso claro ou não para você, não há dúvida de que o universo se desdobra como ele deveria.

Portanto, esteja em paz com Deus, seja qual for o seu conceito dele, e sejam quais forem seus trabalhos e aspirações na barulhenta confusão da vida, mantenha paz com tua alma. Com todos seus problemas e sonhos desfeitos, ele ainda é um mundo lindo. TOME CUIDADO, LUTE PARA SER FELIZ.

Poema em prosa, de 1927, do escritor americano Max Ehrmann (1872-1945).2
 
1Desiderata (do latim: "coisas desejadas".
2Por volta do ano 1959, o Reverendo Frederick Kates, reitor da Igreja de Saint Paul em Baltimore, Maryland, incluiu Desiderata em uma compilação de materiais devocionais para sua congregação. A compilação incluiu a data fundamental da igreja: "Igreja Velha de São Paulo, Baltimore AD . 1692" A data de autoria do texto é amplamente confundido como 1692, o ano de fundação da igreja. - Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Desiderata.




Na década de 90 recebi esse poema de um médico da Antroposofia que me ajudou muito num momento em que eu estava muito triste. Desde então, isso se tornou um bálsamo para mim.
Prometi ao meu filho que ia mandar escaneado para ele, mas o xerox amarelado deu-me vontade de digitá-lo. Ao ver o resultado, resolvi compartilhá-lo com outras pessoas.
Introduzi as notas de rodapé (que infelizmente não ficam corretas no editor de texto deste blog), pesquisando a real origem desse poema.
Que essa leitura acalme os seus corações, como tem acalmado o meu em muitos momentos de minha vida.

Paixão por Cigarros - Documentário BBC


domingo, junho 03, 2012

O cigarro

O cigarro é um dos vícios mais gostosos e mais difíceis de tirar do cérebro. Existe uma escala de 1 a 10 de nível de dependência e o cigarro está lá pelo grau 8. Parar de fumar é um esforço sobre-humano que nos exigimos. Na maioria das vezes, só faz com q o fumante se sinta frustado, aniquilado, por não conseguir. Vou contar a minha experiência, pode ser q ela ajude algumas pessoas.

 A 1ª vez q parei de fumar foi instantânea, e consegui ficar sem ele sentindo-me maravilhosamente bem. Foi quando eu "desconfiei" que estava grávida, com apenas 10 dias, antes mesmo da confirmação do teste de farmácia e depois do de sangue, de laboratório.

 Sempre pensei que foi pq a motivação foi muito grande, e ralmente foi enorme! Mas, na minha opinião, é porque o cérebro da grávida e da mulher que amamenta é bombardeado por hormônios. Eu me sentia em "estado de graça", oxitocina pura! Ah, como eu gostaria hoje de ter comprimidinhos diários de oxitocina. Ou oxitocina na veia! Deve ser esse hormônio, suponho.

Bem, passaram-se 2 anos e eu comecei a ter umas aulas particulares de "cobol" com um amigo que fumava, para assumir um emprego que eu concorri na seleção e passei. Um trago aqui, outro mais tarde, e pronto: voltei a fumar essa delícia!

Depois de muitos anos fumando novamente, tentei parar de fumar várias vezes, sem sucesso. Até que um dia, meu cardiologista mostrou-me um programa da Pfizer. Resolvi tentar e... no 12º dia do remédio, olhei para o meu cinzeiro cheio de guimbas enoooooooooormes, e... pensei: eu estava acendendo cigarros e não fumando, não tinha vontade de fumar! Dava um trago e apagava, achava igual a papel, ruim.

  Continuei a tomar os remédios até o fim da fase do programa, mas nem precisei da fase de reforço, que é para aquelas pessoas que têm recaídas. Esse remédio age no sistema nervoso central e precisa de acompanhamento médico para realizar o programa. Ele não deixa a nicotina fazer as ligação necessária para o prazer no cérebro, por isso ele é eficaz. Essas bobagens de gicletes, adesivos, etc, só fazem substituir a forma como a nicotina entra no cérebro, por isso não funcionam, ou, se funcionar, o mérito é do cara que teve uma força de vontade maior do que a necessidade da nicotina em seu cérebro.

Não fumo mais, e nem me incomodo com o cheiro ou fumaça de cigarro. E nem fico enxendo o saco dos fumantes, porque considero isso uma maldade, é desumano. Depois que a sociedade faz o cara pensar que isso é "bacana" e ter sido bombardeado com propagandas para reforçar essa idéia, ele se vicia e depois não consegue parar. Eu cresci vendo meu ídolo maior, meu pai maravilhoso, lindo de morrer, inteligentíssimo, espirituoso, o cara mais carismático por onde ele passou, fato reconhecido por todo mundo que o conheceu, fumar cigarros, cachimbos, charutos, e vendo minha mãe acompanhá-lo, então comecei a dar uns tragos em seu próprio cigarro, assim como bebericava em seu copo whisky, cerveja, etc. Aos 13 anos, já fumava "escondido" com a turma da esquina e nos porões do Instituto de Educação na hora de intervalos de aulas. Adolescente adora fazer coisas escondido, isso é o normal. Aos 18 passei a comprar meus próprios maços e a fumar abertamente, eu era bacana, igual aos meus amigos bacanas. Na vida profissional, na faculdade, em todo lugar.

Tirar esse vício bacana, tão gostoso e de tamanho poder químico sobre o cérebro é quase impossível. Se for só na base da força de vontade, o cara é um super-homem!

quinta-feira, maio 10, 2012

Creme (Madrinha Hilda)

Vou fazer agora esta sobremesa para o aniversário da Mamãe.
Esta é uma das primeiras receitas de um de meus antigos cadernos de receitas. Vovó Cherubina gostava de fazer este Creme da Madrinha Hilda:

1 lata de leite condensado
a mesma lata de leite
1 lata de creme de leite
2 pacotes de gelatina sem cor e sem sabor, pulverizada em 1 xícara de água filtrada, e depois levada ao fogo para dissolver, sem ferver

Levar tudo ao liquidificador e despejar numa forma caramelizada.
Geladeira.
Desenformar no dia seguinte.

quarta-feira, abril 25, 2012

Doação ao Museu Histórico Abílio Barreto - cadê?

Hoje eu li no caderno Magazine do jornal O Tempo a referência ao passeio virtual por museus e entrei no Museu Histórico Abílio Barreto para ver se via alguma referência a uma doação que fiz no passado.
Nadinha. Só vi na sala do 1º andar um número da Revista Social Trabalhista, da mesma época da coleção doada por mim.

Escrevi uma mensagem no livro de visitas, que transcrevo aqui abaixo:

"Há alguns anos fiz a doação ao Museu Abílio Barreto dos primeiros números da revista Arquitetura, impressa em BH, inclusive a ediçao comemorativa dos 50 anos da nova capital.
Na época era diretor do MHAB o Arnaldo Godoy, que era meu amigo há anos. Recebi dele um cartão de agradecimento pela doação.
Porém, mais tarde, eu me arrependi, acho que minha doação teria tido mais valia se eu a tivesse feito para a biblioteca do IEPHA/MG, ou até mesmo para a biblioteca da Escola de Arquitetura da UFMG, já que esses números são uma inquestinável fonte de pesquisa.
Meu arrependimento tem uma causa: a única referência que pude constatar de minha valiosa doação foram fotos tiradas de anúncios ou fotos das revistas, que serviram para ilustrar desde convites emitidos pelo MHAB até painéis de composição de ambientes. Pena...
Pena que esses números raros e antigos de uma revista de arquitetura publicada pela primeira vez no final da década de 1940 em Belo Horizonte não sejam objeto de pesquisa aberto ao público interessado em seu conteúdo mais substancioso, desde profissionais até estudantes, do ensino fundamental ao superior e pós-superior.
Além dos maravilhosos anúncios de época, essa coleção tem muita coisa a mais para oferecer aos olhos curiosos dos belorizontinos.
Pena..."


Ainda em tempo:
O sítio do passeio virtual por museus de vários lugares do Brasil é muito interessante!
Vale a pena!
O endereço é:
http://www.eravirtual.org/pt/



quarta-feira, novembro 30, 2011

Queca da tia Ofélia e Nega Maluca da Madrinha Hilda

Minhas variações e explicações estão em azul:
Obs. Sempre utilizo manteiga, jamais margarina, inclusive para untar formas.
         Depois enfarinho com f. trigo ou açúcar cristal.


Queca-Preta (tia Ofélia)    Muito boa!

3 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar (320 g) - ou 40 g de aspartame (40 colheres de chá rasas)
1 xícara de açúcar queimado (160 g)
2 colheres de manteiga ou margarina (3 colheres de manteiga)
3 ovos
1 colherinha de Royal
1 colherinha de bicarbonato (dissolvido em 
1 xícara de leite)
passas, nozes, noz moscada, caldo e sumo de limão, cidrão, conhaque, xerém, pó para pão-de-mel.

Meus comentários e explicações:
 
Queimar o açúcar.
Esfriar um pouco.
Por a manteiga. Mexer.
Por o leite com o bicarbonato aos poucos, mexendo.
Por os ovos, um a um, mexendo.
Misturar com a farinha com fermento.

 Encher 3 formas de bolo inglês pequenas, com ou sem papel manteiga, untadas com manteiga e enfarinhadas,
Forno pré-aquecido por aproximadamente 45 minutos.
Tenho a impressão que a origem dessa receita da tia Ofélia seja de Margarida Morgan. Os Morgan são descendentes de inglês de Morro Velho/Nova Lima/MG. Para confirmar essa minha suspeita, só mesmo alguma amiga Morgan poderia comparar essa receita com as delas.

Mas não posso deixar de registrar que a Queca também é uma tradição de Itabirito, herança nos deixada pelos ingleses do séc. XIX de Cata Branca.



Nega Maluca (Madrinha Hilda)  Muito boa!

3 ovos inteiros
1 xícara açúcar
1 xícara Nescau (ou Toddy morango)
1 xícara água fervendo
1 xícara óleo
2 xícaras f. trigo
1 colher sopa fermento
Misturar tudo em batedeira e colocar em assadeira regular, ou forma redonda com buraco no meio.
(Pode bater no liquidificador.)


Obs. O glacê só é feito depois que estiver tudo na assadeira. Depois de feito, deixar esfriar até que o bolo esteja pronto, quando estiver é só esquentar.


Glacê (madrinha Hilda)  Muito bom!

1 colher sopa manteiga ou margarina
3 colheres leite
1 xícara açúcar
1 e 1/2 xícara Nescau
Dar uma esquentada e jogar sobre o bolo.


terça-feira, novembro 29, 2011

O show do Paulinho Pedra Azul e os figos esquecidos...


Na semana retrasada houve um evento do sebrae em CAltas, com show do Paulinho Pedra Azul. Foi o melhor show q já vi em CAltas. Estava chovendo,ventando muito e fazia frio. A praça estava vazia e assistíamos ao show debaixo de enorme guarda-chuva, q insistia em querer nos fazer levantar vôo. Havia espaço suficiente para eu não ser pisada, nem cutucada por guarda-chuva alheio, nem para ter neguinho na frente nos atrapalhando a visão. Eu podia acompanhar o show com todo o conforto, encaixando o solado de minhas velhas gomeiras nas grandes pedras disformes do calçamento, sem perigo de perder o equilíbrio. Curti demais o maravilhoso show do Paulinho Pedra Azul, aquela simpatia de pessoa, muito espirituoso. Ótimo músico e compositor, cantou um delicioso repertório, acompanhado de um tecladista e de um percursionista muito bons. Nada de axé, coisas de baiano, Claudinha Leite nem Ivete Cavalo (pra implicar com Lud)...
 Antes, à tarde, fomos a umas tendas armadas, com serviços para a comunidade, como barbeiro e emissão de documentos e divertimento para a garotada. Havia stands com comidas típicas das cidades da Estrada Real - Caeté estava presente com uma deliciosa galinhada - e artesanato. Os produtores rurais de CAltas e de SBárbara expuseram seus biscoitos, rosca, doces, hortaliças, feijão, café, fubá de moinho d'água. Saí de lá carregada de disputadas sacolas plásticas, já que não levei nada, pois não fui preparada pra comprar nada... Com meu guarda-chuvão, Quincas carregou minhas sacolas e foi buscar o carro pra me pegar. Eu havia estacionado o camburão bem pertinho, a uns 50 metros abaixo da saída norte. A rua era de mão única e era só o Quincas dar uma paradinha e eu entraria. Pois não é que ele deu a volta a pé no quarteirão e depois deu outra volta de carro até voltar ao mesmo lugar e me pegar (como eu fiz há muitos anos, quando fiz vestibular, dando 3 voltas no mineirão...) No meio dessa aventura ele perdeu os meus figos verdes de fazer o docinho para o natal - já que agora não temos nem vó Cherubina nem D. Eugênia pra fazer os doces, eu tenho a obrigação de usar o tacho de vez em quando. Eu pensei q poderia ter me esquecido dos figos no balcão do stand, mas depois me lembrei que encaixei a sacola, pesadinha, numa das mãos do Quincas e ele os perdeu pelo caminho...

sexta-feira, novembro 18, 2011

O Orçamento Participativo mudou...

Redigi isso em 4 de outubro e agora posto aqui minhas observações sobre o processo de OP em BH:
 Espalhei um e-mail pra meio Belorizonte pra todo mundo ver como são as coisas: o OP começou a perder sua maravilhosa característica popular, universal e democrática quando o Fernando Pimentel mudou os procedimentos que envolvia centenas de pessoas, em auditórios de escolas públicas, para discutir propostas. A implantação do OP Digital tornou o processo mais elitista, mesmo que ainda contemple algumas obras para populações mais carentes.

As caravanas em ônibus foram uma das maiores experiências de minha vida, porque, embora eu fosse uma líder comunitária atuante na época, entrei em um dos ônibus sozinha, sem ninguém de meu bairro, de minha tribo. Só tinha gente do Alto Vera Cruz, Taquaril e regiões próximas, que é a parte mais pobre da Região Leste de BH, que é uma das mais pobres da cidade, num local de acentuada topografia. A maioria das pessoas que acompanhavam a caravana eram moradores de vilas e favelas. Senti-me totalmente hostilizada, com pessoas olhando esquisito pra mim e cheguei a ouvir impropérios de uma moça que me chamou de "burguesinha de Santa Tereza".

Depois da 1ª parada, eu poderia ter trocado de ônibus, mas preferi enfrentar a situação e ver no que dava. Apenas na hora do almoço, num grupo escolar lá desses lados, é que consegui relaxar, ao conversar com alguns conhecidos do meu vizinho bairro Floresta e de funcionários da prefeitura, comendo no bandeijão do refeitório e descansando na quadra da escola.

Vi tanto esgoto a céu aberto e tive a incrível experiência de ver gente deixando de votar em melhorias para o seu próprio bairro ou vila para votar em obras para locais mais necessitados, às vezes de extrema pobreza.

A nossa proposta (dos bairros Santa Tereza e Floresta, proposta por este último bairro, e não por nós) não tinha concorrência, pois as lideranças dos 2 bairros combinamos de antemão de apresentarmos um único projeto para termos chance de sairmos contemplados no dia da votação.

Fomos a última parada da caravana, e, só então, quando uma pessoa da AMIFLOR (Associação dos Amigos da Floresta, um antigo e simpático bairro de classe média de BH) começou a fazer a defesa de nosso Centro Cultural da Leste e, ao mesmo tempo, me apresentou para aquelas pessoas, é que eu senti a animosidade se esvair. Ao fim da tarde, até recebi um cumprimento de despedida daquela que havia me xingado de manhã...

Vocês precisavam ver o orgulho daquelas pessoas de poder vislumbrar que poderiam ter um Centro Cultural num antigo cinema, numa linda praça no bairro de Santa Tereza. Era o povo descendo do morro nos ônibus do Brizola para as praias da zona sul do RJ!...

Bom, a prefeitura adquiriu o imóvel, mas nunca viabilizou nem a reforma e nem o aspecto institucional e de apoio logístico para o Centro Cultural virar uma realidade. Muitos anos se passaram e a Região Leste ficou mesmo só com o Centro Cultural do Vera Cruz, que é uma referência em atividades culturais da população local em BH. Veja em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Vera_Cruz_%28Belo_Horizonte%29

Agora, imaginem como eu fiquei danada quando li da revitalização do Cine com patrocínio da Vale, sem a menor menção a que aquele espaço foi conquistado pelo povo da Região Leste!

E minha danação culminou em raiva quando li a matéria sobre os antigos cinemas no domingo!
Tem dó!

Tenho que botar a boca no mundo pra todos saberem de quem é aquilo ali, e quem foram os responsáveis por esse ser um dos poucos cinemas que restaram intactos em Belo Horizonte!

Aproveitem para ver uns vídeos que postei do Renegado, em especial o Conexão Alto Vera Cruz/Havana.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Minha máquina de costura Singer

Minha avó Cherubina dizia que sua máquina de costura Singer ficaria para mim, já que era a neta que sabia costurar.
 Herdei também os balainhos de costura e os apetrechos e livros de trabalhos manuais.

Essa máquina ela adquiriu por volta de 1930, quando apareceu na Usina Esperança, em Itabirito/MG, um homem vendendo uma Singer. Disse ela para meu avô Franz Joseft - o Chico alemão da Usina Esperança: Chico, corre lá e vende minha vaca pra comprar uma máquina de costura! A vaca foi o seu dote de casamento.
 
Minha avó sentou-me à frente da máquina com 3 ou 4 anos de idade, com um paninho, para aprender a costurar, em Ipatinga/MG, quando moramos lá, na época da implantação da USIMINAS, antes de 1960. Senti-me tão orgulhosa que lembro-me perfeitamente da ocasião, da posição da máquina em seu quarto, que dava para o quintal e recebia sol apenas pela manhã, o que fazia dali um ambiente agradável nas tardes quentes de Ipatinga. A janela aberta à direita iluminava bem a minha "área de trabalho" e minha mão direita rodava aquela roda, já que meus pés ainda não alcançavam o pedal no chão. Foi meu primeiro pedacinho de pano costurado! Alguns poucos anos depois, já em Belo Horizonte, eu costurava roupinhas para minha boneca e pegadores de panela e brancos saquinhos de anil para dar de presente de Natal para minhas tias e avós, verdadeiras ou por afinidade, que elogiavam o meu trabalho. Com isso, eu era sempre lembrada para ganhar os retalhos de tecidos e de tira-bordadas que sobravam. Aprendi com minha avó a cuidar da máquina, a usar o óleo Singer e a chamar o técnico da Singer para regular a máquina, dar uma limpeza interna e trocar a correia.
Quando era adolescente, antes mesmo de 1970, uma amiga e eu nos matriculamos num curso de corte e costura no Sesi e passei a costurar para mim, para agradar amigas, para meu irmão predileto ainda criança, e roupinhas para presentear bebês recém-nascidos.
Costuro em minha Singer antiga até hoje!


Mas o seu gabinete é muito feio e fraco, tem partes feitas até de eucatex, mas foi o único que consegui adquirir para substituir o outro, comido de cupim, que, por sinal, já não era mais o original. Mas aquele gabinete, encomendado por minha avó, foi feito com muito esmero por um antigo marceneiro na década de 70.

 Tenho muita vontade de adquirir um bom e belo gabinete de madeira, que esteja à altura de minha boa e velha máquina de costura Singer, que para mim representa muito mais do que uma bonita peça de antiquidade!!

segunda-feira, outubro 24, 2011

2 Bolos de Cenoura - cozida e crua



Bolo de Cenoura da Madrinha Hilda

Esta receita de Bolo de Cenoura também aprendi com minha madrinha Hilda quando eu era adolescente.
Está no meu antigo caderno de receitas, da década de 70.

4 cenouras grandes cozidas (com sal)
4 ovos
4 colheres de manteiga

Bater no liquidificador.

Retirar do liquidificador e misturar:
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
1 colher sopa rasa de Royal
essência de baunilha.

Por no forno pré-aquexcido e desenformar quente.

Cobrir com:
2 colheres de Nescau
2 colheres de leite
2 colheres de açúcar
2 colheres de manteiga.

Cobrir o bolo quente.



Bolo de Cenoura Crua

Esta receita eu aprendi com uma antiga empregada, a Tereza, da época quando o Augusto ainda era pequeno e morávamos no barracão da D. Sininha.
Este bolo de cenoura crua fica pintadinho de laranja, enquanto que o de cenoura cozida fica com uma cor homogênea.

3 ovos
4 cenouras
2 copos de leite
1 colher de Royal
3 copos de açúcar
3 colheres de margarina (eu sempre uso manteiga)
6 copos de farinha de trigo
2 colheres de óleo


segunda-feira, outubro 10, 2011

"Mulher inteligente tem um filho só."

 
Tenho só um filho, pq ele, inteligentemente, escapou, me enganando. Assim, fiquei grávida e muito feliz! Percebi com uma semana, pq meus mamás ficaram inchados e doendo anormalmente. Depois do tempo certo, fiz aquele exame de farmácia q confirmou o q eu já sabia e depois fiz o teste de laboratório. Só então contei para o pai dele, que, embora tenha dito q não queria filhos, ficou tão feliz quanto eu!

Minha avó, q só teve meu pai como filho, pois concordou com o desejo de meu avô alemão, ficava toda satisfeita por eu ter seguido o seu exemplo e dizia: "Mulher inteligente tem um filho só".

E eu digo q Deus dá o frio conforme o cobertor - se eu tivesse tido 2 filhos, teria cometido infanticídio...
Menino dá trabalho demais!

E olha q Deus me trouxe o Guga, que foi um bebê calmo e bem humorado, q não chorava (só quando machucava).
Foi uma criança excepcional desde pequenino, aprendeu a ler sozinho e aos 2 anos e meio escreveu sua 1ª frase no vidro embaçado pela chuva, no buraquinho de meu fusca.
Foi um menino curioso e super-inteligente, amoroso e sensível, do jeito q uma mãe temperamental como eu teria aguentado!
Devorava livros e revistinhas, em casa e na livraria infantil Miguelim.
Seu defeito - e provocação - era deixar espalhado pecinhas de playmobil pelo chão da sala, do quarto...

Algumas vezes, depois dos 9 ou 10 anos, ele me provocou a ponto de eu ter exagerado nas minhas atitudes, mas nada que ele não estivesse pronto pra aguentar.

Sempre foi um pouco diferente de seus primos e seus amigos, mas com uma sabedoria própria de saber que cada um é de um jeito.

Não deu trabalho na adolescência, além do que uma ligeira discordância comigo em alguns momentos, quando ele corria pra casa do pai, numa clara e pacífica afirmação de seu espaço e sua personalidade.

Ele é um herói por ter sobrevivido com tranquilidade a uma mãe ansiosa como eu...
Se eu tivesse tido um filho comum, este não teria saído ileso da experiância comigo... kkkkkkkk!!!!!

Fez seu 1º vestibular (sem meu conhecimento, senão não teria concordado) junto com colegas de classe, aos 16 anos, passando em 1º lugar em engenharia mecânica ou física, sei lá.
No ano seguinte entrou para o curso de física da UFMG e no 1º semestre se enturmou com o pessoal da astronomia, tornando-se monitor no telescópio da Serra da Piedade, em Caeté.
Depois de um tempo, desistiu de tudo e largou a faculdade, dizendo que nunca mais ia voltar e que seria auto-didata.
_Meu filho, algum curso vc tem q fazer, senão quando vc for preso vai ficar na cadeia comum!
_Vc quer q eu seja preso, mãe?
_Não, Guga, mas tem q fazer uma faculdade...

Chorei uma semana seguida e depois ele concordou comigo em irmos a uma psicóloga (eu tinha esperança q ela me ajudasse a convencê-lo).
Depois de algumas sessões, a psicóloga é que me convenveu que eu devia deixar ele resolver, que a vida era dele, e se ele não queria ir mais pra faculdade, eu deveria deixar...

Passados alguns anos, ele resolveu voltar, dessa vez pra fazer matemática computacional, e gostou do curso, formando-se com uns 3 ou 4 gatos pingados de turmas diferentes.

Começou a trabalhar depois de fazer um concurso de 2º grau, e ralou, acordando cedo, trabalhando em Contagem e indo pra aula na Pampulha.

Depois de formado, fez outro concurso, agora de 3º grau, e foi pra Brasília. Adeus, mamãe...
Fazer o que, né?

Logo depois noivou e casou-se com a Lud em 2009, quando ela terminou a especialização em saúde da família.

Ralaram sozinhos em Brasília, ele fazendo o mestrado e apertado com trabalho e faculdade, e ela sozinha e estudando pra concurso.

Compraram ap na planta e alugaram outro de frente pra obra, pra acompanhar a construção de sua casa.

Mudaram-se pro ap deles, ela passou num concurso pra funcionária temporária e ele resolveu fazer outro concurso.
Ele passou e tomou posse há 1 ano. Ela tomou posse há uns 4 meses e logo fez outro concurso pra ser efetiva em outro lugar e trabalhar 20 horas, pois quer encomendar outro neto pra mim.
Lud já tomou posse no outro trabalho e o Guga termina seu mestrado no fim deste mês de outubro.
Com isso, o aperto deles diminui um pouco.
E assim a vida vai...

Não sei quem o meu filho puxou ao optar por empregos públicos, mais seguros, pois eu sempre fui um passarinho solto voando de uma empresa pra outra até ficar stressada, e o pai dele é arquiteto autônomo até hoje.
Talvez o exemplo dos pais tenha sido determinante para que ele optasse por uma vida mais ancorada.
Mas lá vai ele, sempre independente, fazendo o que dá na sua cabeça, sem se importar com opinião alheia, embora sempre tenha ouvidos para nos escutar, a mim e ao pai dele. É muito centrado em si e sempre decidiu seu caminho.

Costumo dizer q o Guga é muito cabeçudo, desde q nasceu, quando era a maior cabeça do berçário. Quando tinha uns 7 anos, em visita ao Museu do Ouro em Sabará, a coroa de D.Pedro I só serviu em sua cabeça e na da professora.
Sempre faz o que ele mesmo decide.

Ainda bem.
Esse é o meu filho. Eu me orgulho demais dele!

quarta-feira, outubro 05, 2011

Cine Santa Tereza - algumas considerações sobre participação popular e a cidade de BH.

O Curral d'el Rey era um pequeno arraial onde foi implantado o traçado da nova capital de Minas, do brilhante Araão Reis. Dele tb é o plano da cidade de Sores, na ilha do Marajó - naquele tempo não se dizia "urbanismo", "desenho urbano", "plano urbano", etc. - palavras q só seriam usadas com a arquitetura moderna).
 Tudo o q se pensava de mais moderno em termos de planejamento de cidade foi inspiração para a nova capital - inclusive o conceito de q planejamento urbano não é uma coisa estática, que o constante estudo da cidade é tão dinâmico quanto sua transformação - consequência do desenvolvimento da vida urbana vinda com o século das luzes, por isso Araão Reis propôs que ao término dos trabalhos da Comissão Construtora da Cidade, a qual chefiava, deveria ser instituída a Comissão de Desenvolvimento da Cidade, idéia q não foi comprada pelos políticos.

O plano da cidade consistia de uma área de arruamento geométrico, com lotes de 1000 m2, cercada de uma avenida de "Contorno", além do que ficariam chácaras e sítios q abasteceriam a cidade de produtos horti-frutigranjeiros, carnes e laticínios.

Dentro da área da Contorno situam-se, dentre outros, o Centro e o Funcionários, que foi a primeira região a ser ocupada pelos edifícios governamentais e pelas residências dos novos altos funcionários do estado. Dentro da Contorno tb fica a Floresta, a nordeste do Centro, originalmente ocupada pelo segundo escalão.

Do lado de fora desse perímetro ficavam colônias agrícolas, fazendas remanescentes, novas chácaras e sítios, e os bairros dos construtores negros - Bonfim, e imigrantes - Santa Tereza. Hoje esses 2 bairros são "colados" ao Centro.

No Bonfim se situa o nosso antigo e belo cemitério - nota-se q cemitério sempre fica longe e ninguém quer morar perto, a não ser os trabalhadores menos qualificados, menos valorizados, que não escolhem...

Em Santa Tereza ficava um antigo e belo edifício de quarentena de imigrantes, que depois se tornou sanatório, que foi demolido com o advento da penicilina, e veio a ser um mercado distrital - com a fama de ser um lugar azarado, com uma caveira de burro enterrada no local, dada a sua origem de lugar estigmatizado.
Nesse bairro foram morar os imigrantes italianos, portugueses e espanhóis que foram os artífices das primeiras construções da cidade.

Essa foi a coformação da primeira ocupação da nova capital.

No caso da Floresta, com o tempo, a região dentro da avenida do Contorno se valorizou muito e foi se tornando local de moradias abastadas. Do lado de fora, cresceu um comércio para atender a região e moradias mais populares.
Hoje, a região toda é supervalorizada, para comércio e residência, mas lá ainda moram muitas famílias de classe média, na parte de fora da Contorno. Boa parte da região foi tombada no começo da década de 90 do XX, o que gerou uma grande polêmica na cidade, entre os que defendiam o instrumento de preservação e os que eram radicalmente contra (como sempre acontece quando se trata de tombamentos).

Já Santa Tereza manteve-se desvalorizada porque, mesmo estando ao lado da Floresta e do Centro, era uma região sem abastecimento regular de água até o fim da década de 60 do XX. Com isso, o bairro se manteve com a mesma caracterítica sócio/cultural/econômica, o que promoveu a sua preservação e ocupação um pouco estável até uns 20 anos atrás, com um pequeno comércio local em torno da praça da igreja, muitas vendas/bares de gêneros e bebidas (que foram os embriões dos barzinhos e da vida boêmia local), moradias dos descendentes daqueles primeiros imigrantes ou de patrícios deles, já mescladas com de outros mineiros, belorizontinos ou não, e 2 favelas próximo ao ribeirão Arrudas, na área de maior declive (como sempre e em toda cidade).

Esse "meio abandono" favoreceu a manutenção de suas caracteríticas de "cidade do interior", assim como o total abandono das atividades econômicas preservou totalmente Tiradentes para o fim do séc. XX e para a Rede Globo (hoje Tiradentes é tão chique que eu não tenho o nível econômico necessário para frequentá-la mais... E foi lá q passei uns dias de minha pequena lua-de-mel com meu 1º marido em 1978 - definitivamente não era moda, nem lua-de-mel, nem Tiradentes. E foi lá que conheci meu atual marido, em 1992, e cheguei a voltar com ele algumas vezes, até q ela se tornou mesmo território de paulistas e cariocas abastados e cults).

Como eu tenho atração por coisas fora de moda, ou out (antes era brega ou kitsch, dependendo do olhar do público ou do usuário, hoje é chique e vintage - não mais me atrai tanto), comprei praticamente a vista um ap na planta, meio mês antes do Collor tomar o dinheiro de todo mundo, num predinho simples de 3 andares no bairro, depois de meiar com meu ex-marido nossa linda casinha antiga, no tradicional bairro de soldados de BH, Santa Efigênia, vizinho a Santa Tereza e ao Funcionários, que nós restauramos, de arquitetura pré-modernista, de 1932, de autoria do arquiteto belga Hardy, pai do Álvaro Hardy, meu ex-professor, e avô do Veveco, reconhecidos arquitetos de BH, ambos falecidos.

A construção demorou a ficar pronta, pois até o dono da pequena construtora ficou sem dinheiro.
Mudei-me para Santa Tereza com meu filho.
Na projeto do Plano Diretor de BH, observei que o bairro estava classificado como Zona de Adensamento Preferencial.
 Epa! Com a proximidade de áreas nobres de Belo Horizonte, como a área hospitalar, já saturada, Centro, Savassi e Funcionários, aquela vida de aspectos aparentemente discrepantes, como a calma de cidade de interior e a boêmia de botequins de Santa Tereza, viria a baixo, com seus imóveis simples e antigos dando lugar a edifícios comerciais e residenciais! (Santa Tereza é a casa do Clube da Esquina, da Banda Santa, de uma das poucas manifestações das Pastorinhas de BH, e tem toda uma vida própria especial.)
Assustada, botei a boca no trombone e fui atrás de quem eu conhecia no bairro, e, juntos criamos o Movimento "Salve, SantaTereza!", que imediatamente ardeu como fogo no bairro todo. Tivemos apoio da nossa associação do bairro. Reuniões, abaixo-assinado, visitas a todos os gabinetes de vereadores, todos os dias na câmara, tipo "não esqueça a minha caloi". Ganhamos manchetes de jornais e notícias na tv.
Fizemos tanta pressão que conseguimos alterar o projeto do Plano Diretor de BH, aprovado em 1996, com a Área de Diretrizes Especiais de Santa Tereza, de caracteríticas sócio/ culturais, ambientais e históricas que demandavam medidas urbanísticas de proteção, com a garantia de participação popular nas intervenções e atividades do bairro. Isso na época do Habitat II, em Istambul (Segunda Conferência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos - HABITAT II (Istambul/Turquia/1996).
Conseguimos proteger o bairro e sua ambiência, com instrumentos urbanísticos
Conseguimos colocar a gestão local na pauta da prefeitura de BH.
Foi o maior abaixo-assinado recebido até então na Câmara de Vereadores de BH.
Foi o 1º movimento popular nesses moldes no Brasil!
Foi a 1ª medida de proteção e salvaguarda de patrimônio de conjunto com instrumentos urbanísticos, ao invés do instrumento do tombamento no município.
Foi a 1ª inclusão da gestão local e participativa de bairro garantida em lei na cidade.
Ganhamos vários prêmios e honrarias.
Servimos de modelo para outros movimentos comunitários.
Demos apoio e consultoria técnica para associações de bairro.
Tomamos assento no Conselho Municipal de Política Urbana, como representante do setor popular, eleito pelas associações e entidades da categoria em BH.
Elaboramos participativamente nossa proposta de projeto de lei de regulamentação para o bairro.
Inventamos intuitivamente nossa metodologia de participação popular para a elaboração desse trabalho técnico de proposta de projeto de lei de regulamentação da área.
Nossa proposta de projeto de lei foi a escolhida pela empresa de urbanismo contratada pela prefeitura como a melhor de 3 cenários estudados/propostos por ela para o bairro.
 Nossa proposta foi votada na câmara de vereadores, praticamente sem mudanças.
Demos palestras e aulas de participação popular e urbanismo.
Fomos estudo de caso de 2 teses de mestrado da UFMG, uma de arquitetura e urbanismo com enfoque sociológico, e outra de sociologia com enfoque arquitetônico/urbanistico.
(Fui nota de rodapé de tese em quase todas as páginas.)
Saímos do popular para a academia.
Conseguimos fazer sentar na mesma mesa para reunião igreja e comunista: o vigário da paróquia, o saudoso Padre Cornélio, holandês de Santa Tereza, e o Sr. Dimas Perin, ex-deputado federal, ex-líder político comunista, perseguido na ditadura, autor de livros e nossa referência de cidadania.
Tivemos nossos 15 minutos  trocentas vezes.
Como o samba que não era apreciado pela madame socialite, incomodamos departamentos que não gostam de discussões técnicas com povo.
Conseguimos eleger uma diretoria para nossa associação de moradores com votação recorde na história de todos os bairros da cidade, na Praça de Santa Tereza, que entrou noite a dentro, com luz de gambiarra, pois havia ainda imensa fila após as 17 horas.
Demos assessoria para nossa associação de moradores.
Elegemos mais algumas outras diretorias da associação do bairro, parceiras de nosso Movimento.
Tentamos salvar nosso cinema antigo, quando ele estava na iminência de se transformar em igreja, montando um boneco de projeto de centro cultural pluri-setorial, pela lei Rouanet, incluindo a compra do Cine Santa Tereza, que previa a participação popular e a de alguns representantes da música, teatro e dança de BH, de notável expressividade e que foi malogrado com a recusa do proprietário em vender o imóvel, nos oferencendo no lugar outro cinema, que futuramente veio a ser transformado pelo Grupo Galpão em importante espaço cultural na cidade. Sonhamos até com a inauguração, com uma sessão solene de apresentação concomitante, dentro do Cine e em telão na praça do "Conde de Monte Cristo", filme q inaugurou o cinema antigamente... Como as idéias nascem e se repetem concretizadas em outros locais, em outros tempos...
Fizemos parceria com a associação do vizinho e antigo bairro Floresta, que fez a proposição de desapropriação do cinema pelo orçamento participativo, para efetivar nosso projeto de Centro Cultural no local, agora para toda a Região Leste da Cidade.

Bem, o resto eu já escrevi sobre o Cine Santa Tereza, basta ler posts anteriores, no feicebuque, que oportunamente copiarei aqui no blog.

Essas foram algumas das atuações do Movimento "Salve, Santa Tereza!", que, ao longo dos anos, não se restringiu apenas a esses aspectos aqui relatados, e sim a participar de todo aspecto da vida do bairro, ora mesclando-se com a associação do bairro, ora não, defendendo, propondo, intervindo em tudo o que se referia à Área de Diretrizes Especiais de Santa Tereza e à vida que nesse local se inseria, continuando por vários anos, mesmo sem mais a minha pessoal participação, mas com a de incansáveis companheiros fundadores do Movimento, em especial o José Ronaldo Perdigão, morador nascido e criado no bairro, que hoje não mora mais em Belo Horizonte, mas continua com sua caneta afiada através da internet.

Mas, cadê as vozes de Santa Tereza, da Floresta e de demais bairros e vilas da Região Leste, para se expressarem sobre os rumos e decisões arbitrárias sobre o  Cine Santa Tereza - Centro Cultural da Região Leste, patrimônio da comunidade, conquistado pelo Orçamento Participativo?

terça-feira, julho 05, 2011

Compaixão por nossos irmãos animais

De http://www.filosofiaesoterica.com
/ler.php?id=1207:

"Importa considerar as consequências de não adoptarmos uma atitude não-violenta para com a vida. A Ciência Oculta, ou Ecologia Espiritual, ensina que 'por detrás de uma aparente acção mecânica de forças físicas no planeta estão causas e forças espirituais'. Não pudemos esquecer que há um importante impacto da soma dos pensamentos e desejos humanos sobre a fisiologia planetária. A própria forma como tratamos barbaramente os animais, com a consequente emanação de emoções de intenso sofrimento na “atmosfera astral”, concorre para o avolumar de tensões magnéticas. Estas emanações irão somar-se ás tremendas forças acumuladas pela actividade mental e astral da humanidade, acabando por perturbar o equilíbrio vital do planeta. Todos os pensamentos tenebrosos e as emoções negativas emanadas pelos seres humanos e pelos animais em sofrimento desencadeiam autênticas convulsões na face de Gaia.

A dura fase da transição planetária pode ser amenizada pelos pensamentos de paz e sentimentos de compaixão para com tudo o que vive. Aos poucos, a humanidade irá descobrir que tem muito a ganhar se proteger, cuidar e aprender a escutar os seus companheiros mais novos. Religarmo-nos com Gaia e com todos os seus reinos é encontrar de novo o caminho da harmonia, da beleza e da sabedoria."

domingo, julho 03, 2011

Depoimento De Luiz Carlos Prestes Filho - Amor & Revolução


.

Minha resposta a um comentário infeliz (não consegui postar no Youtube essa minha devida resposta a um idiota):
A fim de esclarecer àqueles que não sabem do que se trata o livro, informo que "A Coluna Prestes", da professora Anita Leocadia Prestes, publicado pela Editora Brasiliense e pela Secretaria de Estado da Cultura de SP em 1990, é a defesa de sua tese de doutorado em História Social da Universidade Federal Fluminense, para cujo desenvolvimento do projeto de pesquisa foram concedidas bolsas e dotações do CNPq e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. Esse trabalho acadêmico é uma análise histórica de fatos do final da República Velha, dos anos 20 e do Tenentismo, que culminou na formação da Coluna Prestes, "um exército com características populares" , um movimento social inédito no Brasil, que viria canalizar descontentamentos em várias partes do País, revelar a pobreza no campo, mobilizar a opinião pública urbana e tornar-se um dos fatores que culminaram na Revolução de 1930.

sábado, junho 25, 2011

Presente!

Meu nome é Presente!

Sou um viralata lindo!
Meu pai me achou na rua, molhado, imundo e cheio de pulgas, num dia muito frio, cedinho, quando eu ainda tinha dentinhos de leite.
Ele perguntou aos pedreiros de uma obra na rua se eu era de alguém e eles contaram para ele q não, q eu era filho de uma cadela da rua mesmo, q teve uma ninhada de 3, mas os outros 2 morreram. Os pedreiros disseram q minha mãe tinha sumido e eles não sabiam o q tinha acontecido com ela.
(Essa conversa toda com os pedreiros pq eu e meu pai ainda não sabíamos falar a mesma língua.)
Meu pai me pôs no porta-malas do carro e me levou pra casa.
Bem, o resto é uma linda história!



Minha mãe tem outros 4 cachorros, 3 viralatas grandes e uma fox paulistinha, todos castrados, menos eu.
O caso é q minha mãe quer muito ter netinhos, pois muita gente já encomendou cãezinhos descendentes meus, dadas às minhas características físicas, psicológicas, intelectuais, emocionais, morais, etc.
Modéstia à parte, sou especial mesmo! Eu até leio pensamentos!
Minha mãe só conseguiu arrumar 2 namoradas pra mim, mas uma não ficou prenha e a outra estava no 11º dia do ciclo! Não quis saber de mim de jeito nenhum, eu fiquei atrás dela o dia inteiro, desesperado, mas nada... Só depois de devolvida a minha namorada às suas donas, é q elas nos contaram q já se tinham passados tantos dias do cio...
Está muito difícil arrumar namorada, pq cachorrinha viralata pequena quase sempre é castrada, e de raça os seus donos nem cogitam em me dar a sua mão, ops, pata...
Minha mãe até comprou uma fox paulistinha, a Tulipa da Pedra de Guaratiba, mas ela teve problemas no útero logo após o 1º cio e teve q ser castrada. Hoje somos grandes amigos e irmãos (na verdade, ela é ciumenta e encrenquinha, como toda irmã mais nova...)
Será q por aqui não tem uma linda cachorrinha, do meu porte, querendo formar uma família? Uma ninhada só! Por favor!



Sou de BH!

Já ia me esquecendo de dizer q sou de Belo Horizonte...
Então, minhas pretendentes têm q morar por aqui.

quinta-feira, junho 23, 2011

De um papo com um amigo depois dos "Estados Psicológicos da Alma"

Quando li Madame Blavatsky dizer sobre os níveis do espírito após a morte, imaginei mais ou menos isso q está nesse vídeo, q o último estado vivenciado se prolongaria por um tempo, até se desmanchar, como se desmancha o corpo físico.
Esse estado seria a alma, a personalidade, da pessoa, com nossos desejos e emoções. Já o espírito, imortal, não carrega a personalidade após a morte. Assim entendi os ensinamentos dela.
O 1º a se desmanchar seria o elam, depois o corpo físico, depois a alma. E cada camada morre em tempos diferentes. O elam, ou sopro vital, perdemos rapidinho, depois, o corpo físico, q leva até algumas horas (por isso podem ser replantados órgãos desse corpo), depois o corpo astral, q ela chama de alma, e fica o espírito, q não morre. O espírito é eterno e se mistura ao espírito divino, como uma gota de água se mistura ao mar.

Sei lá se ela disse desmanchar, talvez ela tenha escrito morrer e se dissolver, sei lá...
Ela faz uma diferença entre alma e espírito.
É uma imagem muito interessante q ela nos dá sobre os 7 corpos de q somos formados, q por sua vez tb são subdivididos. Mas, não importa, o q ela disse, em resumo, é q temos um corpo físico, de matéria, um corpo de emoções e desejos, q é a alma, e um corpo superior, q é o espírito.
 
Uma coisa q li em um livro dela q muito me tocou foi q nos esquisofrênicos, o espírito já se separou da alma e do corpo físico e voltou para o mundo divino. Nos esquisofrênicos, apenas estão vivos o corpo físico e a alma, com a personalidade do indivíduo. Muito interessante essa visão e sempre penso nessa imagem quando penso no Franz, pq, definitivamente, ele não é mais aquela pessoa de antes, parece-me q ficou um corpo perambulando, com emoções, desejos e fantasias, mas sem o dicernimento do espírito.
Bom, isso são conjecturas...

quarta-feira, junho 22, 2011

Balanço

Faço o q gosto, sempre fiz o q gosto, mas mesmo fazendo o q gosto, não me sinto realizada.
Fiz muitas coisas na vida, intensamente, consegui algumas vitórias e colhi alguns frutos bons, mas sinto-me fracassada profissionalmente, sem dinheiro, sem perpectivas para o futuro e sem esperança.
Não sei o q fazer com o resto de anos q eu ainda tenho pela frente...
Estudar mais, pra quê?  Alemão, filosofia? Pode ser...
Ralar num trabalho não gratificante? Prefiro ficar em casa com meus cachorros...
Trabalho voluntário? Já fiz muito, hoje não posso mais, já gastei muito de minha energia e de minhas economias... Só se fosse algo mais sossegado, sem custos operacionais...
Estou à procura de paixões em q possa mergulhar de cabeça, às quais possa me entregar, dentro de minhas limitações físicas de hoje, quando minha força e saúde são as de uma mulher menopáusica.
E não posso dispender nenhum recurso financeiro para alavancar nenhuma atividade, nem voluntária e nem como um negócio, pois estamos em uma fase de nos preocupar muito com nossas aposentadorias...
Tenho a sensação q vivi sempre como uma cigarra, e q agora olho para os amigos q viveram como formigas...

segunda-feira, abril 18, 2011

Vovô Chico - na Usina Hidrelétrica do Bonga

Foto de Franz Joseft Herrmann, ou Francisco Herrmann, o Chico Alemão da Usina Esperança (Vovô Chico) no Bonga, na Usina hidrelétrica que ele montou.


Década de 30 do séc. XX. Foto provavelmente de sua própria autoria, já que ele possuía equipamento fotográfico com temporizador, segundo o Bube.
Existe cópia desta foto na casa da Mamãe, e possivelmente ainda haja o negativo lá guardado.

domingo, abril 17, 2011

Bolo Colesterol

Uma vez fiz um bolo com meio kg de nata do leite da Pintura, batizei-o de Bolo Colesterol.
Minha tia Zaíra e seu pessoal vieram lanchar em minha casa e ela disse q NUNCA comeu um bolo tão gostoso!


Como só faço bolo no olho, não anotei.
Mas foi mais ou menos assim:







Bolo Colesterol

1/2 kg de nata
3 ovos inteiros
2 xícaras de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher de fermento
Misturar tudo e por numa forma untada com manteiga (sempre unto com manteiga e não com óleo) e pulverizada com açúcar cristal.
Forno médio pré-aquecido.


Torta de Ricota da Madrinha Hilda

 Madrinha, com as luvinhas que levei pra ela, tomando cerveja sem álcool - e depois dizia q estava tonta...



    Torta de Ricota da Madrinha Hilda

 
1 pacote de bolo Santista limão
1 copo pequeno leite

Faz a massa e põe numa assadeira.

Bater no liquidificador:

1 lata leite condensado
1 ricota (em pedaços)
3 ovos

Por por cima.

Forno.
Esperar corar e pronto!


domingo, março 20, 2011

Nossos queridos cachorros

Amo cães, e sempre tivemos cães, gatos e coelhos, enquanto morei em casas, desde solteira até depois, durante a infância de meu filho. Tive inclusive uma Doberman que aprendeu a fazer coisas que não consegui ensinar a meu filho Augusto, como guardar os brinquedos depois de brincar. Mas depois de passar a morar em apartamentos, que ficavam sem ninguém a maior parte do dia, minha vida ficou sem a companhia canina durante muitos anos.

Adquirimos um sítio, e lá pudemos ter vários cães, gato, égua, vaca, galinha, etc. Mas só os víamos nos finais de semana. Até que, num dia chuvoso e frio, estava eu lendo os jornais depois do café da manhã, quando meu marido retorna logo depois de sair, entrando na sala e dizendo: "olha o presente que achei na rua" (era dia de seu aniversário). Era o Presente, um vira-latas pequenino, de uns dois meses, todo molhado, sujo e cheio de pulgas. Segundo os pedreiros da obra em frente ao escritório onde meu marido tinha uma reunião, sua mãe, vira-latas sem dono, tinha sumido, e da ninhada de três era o único sobrevivente. Estava vagando sozinho, tentando subir os degraus do passeio, atrás de uma empregada com um saco de pães que entrou e fechou o portão atrás de si. Virou o reizinho da casa, a criança bagunceira que viria encher nossa casa, já que a filha de meu marido já estava casada e meu filho morava com o pai. O Presente é tão lindo, tem um ótimo temperamento, e é tão especial que várias pessoas nos pediram filhotes, mas nunca consegui achar uma namorada adequada ao seu tamanho. Quem se interessar em vê-lo, ele está nos álbuns dos sítios basta clicar nos links abaixo:

http://www.pelosepatas.com.br e http://www.vidadecao.com.br

Quem tem cadelinhas de raça não quer saber de um genro vira-latas, e também não achei quem tivesse uma vira-latas do tamanho dele que quisesse acasalamento. Tentei sítios e ong´s que fazem doações, mas eles só doam castradas. Então, virei uma verdadeira cachorreira, procurando uma Jack Russel ou uma Terrier Brasileira para companheira do Presente. Escrevi mails e dei telefonemas para vários canis, tentando encomendar uma filhotinha, até que comprei uma terrier brasileira, a Tulipa da Pedra de Guaratiba. A chegada da Tulipa foi esperada ansiosamente, até que, finalmente, ela estava em casa, em 2006, e desde então, tornou-se a companheira de sempre do Presente, ora brincando, ora "enchendo o saco".

Infelizmente eles não tiveram os filhotinhos "encomendados" pelos amigos, pois tivemos que castrar a Tulipa devido a uma piometra.

Temos mais outros 3 cães vira-latas na roça, a Peta e seus 2 enormes filhos, escapulidos antes que eu pudesse castrá-la, logo após o seu primeiro cio. A Peta também foi adotada, de um aterro sanitário de uma cidade da nossa região metropolitana.

Cães vira-latas adotados são uma dádiva dos céus que caem em nossas vidas! Eles nos enchem de alegria, são companheiros pra toda hora, tomam conta de nós e de nossas casas e são super-amorosos. Nós recebemos deles muito mais do que damos a eles em atenção e carinho!

Hoje, todos os nossos 4 cães são castrados, à exeção do Presente, que já tem 8 anos. Quem sabe se ele ainda arruma uma namorada?

segunda-feira, março 14, 2011

POLITICAMENTE INSUPORTÁVEL

Repetindo a postagem...

Recebi certo dia de uma amiga um e-mail com o texto abaixo, que não sei quem é o autor.
Minhas respostas seguem logo depois, e deram início a uma série de correspondências de amigas concordando comigo.


POLITICAMENTE CORRETO É O ESCAMBAU

O cravo não brigou com a Rosa
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia
desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo
brigou com a Rosa. A explicação DA professora do filho de um camarada foi
comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a Rosa - a mulher - estimula
a violência entre OS casais. Na nova letra “o cravo encontrou a Rosa/
debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a Rosa ficou encantada”.
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha
Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a Rosa faz parte de uma
suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no
folclore brasileiro?
É Villa Lobos!
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha
infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça
quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda
está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal
agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a
febre passar/ A Lelê vai estudar.
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca
Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até
registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia
Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música
desperta nas crianças o desejo de maltratar OS bichinhos. Quem entra na roda
dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com
um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou Rico de
marré-de-is, para não despertar na garotada o sentido DA desigualdade social
entre OS homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não
procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google DA Aruanda] foi
espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de homossexual.
Qual é o problema DA frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de homossexual.
Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em
mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa
DA preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o
valha. Homossexual, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais
pode usar a expressão coisa de homossexual ? Que me desculpem OS paladinos DA
cartilha DA correção, mas isso é uma tremenda burrice. O politicamente
correto é a sepultura do bom humor, DA criatividade. A
expressão coisa de homossexual não é, nem a pau , ofensa a
homossexual algum.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de
chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo
picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de
afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um
cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia -
aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia
pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a
dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos DA contemporaneidade. O
gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca,
baleia assassina e bujão - é o cidadão que está for a do peso ideal. O
magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia
Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e
pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho.
Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades
especiais… Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido,
essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com OS olhos gordos na Copa e 2014,
disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o
juiz tomar banho e o centroavante pereba pedir licença para sair...cantaremos nas arquibancadas o allegro DA Nona Sinfonia de Beethoven,
entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O
sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que
dobrou o Cabo DA Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá
mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira DA sepultura.
A velhice agora é simplesmente a “melhor idade”.
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando DA mais perfeita saúde. Defuntos?
Não. Seremos OS inquilinos do condomínio Cidade do Pé Junto.
P.S. - Notícia de última hora : Monteiro Lobato também está na mira. O Sitio
do Pica Pau Amarelo terá que ser reescrito !
PASMEM !!!!!!!



Pois é!

Minha bi-tataravó Maria Araújo era negra forra vendedora de balaio (e outras coisinhas mais...).
Eu era descendente de preto.
Agora sou afrodescendente!
D. Eugênia, querida amiga da família, de 90 anos, era preta, agora é afrodescendente!
Aleijado e cego viraram portadores de nescessidades especiais.
Mongolóide virou portador de síndrome de Down.
Tudo com um nome enorrrrrrrrme!

Fui a SP semana passada visitar a netinha.
Assisti um DVD dela do Chapeuzinho Vermelho (desenho japonês, com aqueles olhos arregalados).
O Lobo Mau NÃO COME a Vovozinha!
E o caçador NÃO MATA com espingarda o Lobo! Aliás, NEM TEM caçador NEM espingarda!
Que mundo mais cor-de-rosa impossível!
Como as crianças poderão lidar com os infortúnios da vidinha nossa de cada dia?
 E com os Infortúnios com letra maiúscula que podem nos acontecer eventualmente?
E se a Vovozinha de verdade (euzinha) morrer?
 Quer dizer que eu posso, mas a Vovozinha do Chapeuzinho não?

E, pra completar, o Quincas é ambientalista desde a década de 70!...
 Ele e mais 2 foram os primeiros advogados ambientalistas de Minas...  Coisa de viado...
Coisa de viado? kkkkkkkkkk

Mas e a melhor idade?
Melhor idade putaquiopariu!

Minha melhor idade já passou, com tendência a piorar. Como pode virar melhoridade?
Mulher "menopáusica" vive num limbo.
Já não sou 'o que era' e nem cheguei na melhor idade pra não entrar na fila e pra receber o delicado oferecimento de um lugar para sentar...
Tenho que ficar em pé mesmo, com dor nas pernas, dor na coluna e dor no humor!
Tenho tentado a experiência de andar com bengalas, pra ver se consigo alguma regalia.
Acho até muito elegante, charmoso, diferente, chamativo, quase espalhafatoso, como braço engessado nos tempos de criança. Mas o Quincas cortou essa minha...
Mulher "menopáusica" é gorda, precisa de plástica, vive cansada, não pode se fartar de chocolate, sorvete e mousse, não consegue dançar rock como uma verdadeira representante da geração rock'n roll anos 80. Anos 80 porque é com essa que me identifico - antes da aids (depois da aids tudo encaretou).
 Nem consegue usar saltos altíssimos quando a situação e a cabeça urgentemente requerem.
E ainda morro de calor!
Nada do que vejo nas lindas vitrines e nas revistas serve pra mim, nem no tamanho, nem na "conveniência".
Não convém mesmo, certas roupas, cores e estampas, só para artistas, e ainda com 'licença poética'.
- Só que eu não sou nada conveniente. (Minha cabeça.)
Melhor seria ficar no clássico. No neutro. Discreto. Basiquinho.
Até Marina Colassanti disse numa entrevista que não convém mais usar o mesmo corte de cabelo que usava...
Mulher menopáusica perde a sexydade, mas mantém a sexualidade, infelizmente - numa situação dessas, seria melhor perder ambas, para que o fenômeno sexualidade passasse a não ter mais relevância.
Meu gráfico de apreciação da vida está em curva descendente.
 É impossível essa curva subir num repente, como num choque econômico que dá certo.
Será que nos próximos 5 anos vou passar por um choque heterodoxo?

E ainda chamam a vida de uma mulher depois dos 60 de melhor idade.
Acreditar que vou viver isso de melhoridade está me parecendo a história do Chapeuzinho Vermelho japonês...

Um bj pra vc,
     A menô Nina

Mas esse papo é minha indignação contra o papo politicamente correto e a mania atual de chamar 3ª idade de melhor idade.
Melhoridade coisa nenhuma! Já tive melhores idades!
Enchi o saco de ver pintarem a velhice (pois é assim é que se fala) toda cor-de-rosa, um período maravilhoso, com aposentadoria garantida e tempo de sobra pra passear, viajar de navio, andar, dançar, fazer ginástica em parquinhos. Putaquiupariu. Quero mais é deitar o cabelo no asfalto.
E detesto ginástica!
Sou uma beatnik tardia, tentando entrar na 3ª com coerência.
 Pô, nem beber muito posso mais... remédios, glicose, o bagarai (segundo Bala e amigo de Bala, seguindo jovem feicibuquiano, (ou caraleo, como disse um orkuteiro)).